segunda-feira, 8 de junho de 2015

Há uma diferença

Feminismo não é nada de "mulheres no poder", mas sim igualdade entre os gêneros. E muitas pessoas não entendem o conceito e geralmente vem com o papo:
"Não sou feminista, nem machista só quero direitos iguais para mulheres e homens".
E isso acontece por ignorância, não há outra palavra, pois se tivessem o minimo de bom senso, veriam no dicionário e perceberiam que estão falando:
"Não quero água, só h2o mesmo".
É exatamente a mesma coisa, isso acontece pelo nome (feminismo) e falta de pesquisa. Há realmente diferenças, entre femismo e FEMINISMO. Femismo seria a mulher a cima do homem, o machismo ao contrario, enquanto o feminismo, a igualdade. E ninguém que se diz feminista esta recitando a palavra "femismo", então você que realmente acha que nós, feministas, queremos a mulher no poder, procure um dicionário.

E afinal, porque alguma mulher, nesse mundo, gostaria de ser menosprezada, não ganhar o mesmo pagamento no trabalho mesmo se esforçando, ser muitas vezes tratada como objeto e coisas piores, afinal, quem gostaria disso?

terça-feira, 7 de abril de 2015

Uma crônica chamada: Crônica.

Antes de postar qualquer coisa, ou até me atrever a escrever, colocar a caneta sob o papel, ou tocar em uma tecla do computador, penso. Em quanto eu quero que meu texto fique bom, e como talvez ele não seja o que eu penso. Em como quero que, ao ler meu texto a sensação que o leitor vai ter seja a esperada.
Sempre escrevo quatro ou cinco cronicas que nunca as acho suficientemente boas, então penso, ando em casa, deito, rolo, ouço musica, pergunto a minha mãe, balanço a perna, mordo a caneta, e sento na frente do computador, de novo, esperando uma resposta. Ela sempre vem, mas não é rapidamente, então escrevo no papel, todos os temas, mas quando formulo, a indecisão volta, e bem, é como se ela me desse um tapa, rápido e frio. Então observo, atenta, o que esta envolta de mim, as pessoas, as situações, mas quando olho, parece nada ser certo, nada ser extraordinário, tudo ser repetitivo, mas nada digno.
Mas o problema passa, por que me pressiono tanto e tanto, que as vezes pareço explodir e ter uma ideia, então, abro meu lado escritora, e começo, parece fácil e rápido, e em menos de trinta minutos parece estar perfeitamente pronto, e apenas quando leio sete vezes, mostro a minha mãe, e ganho seu selo de aprovação, consigo ser livre para compartilha-lo.

domingo, 15 de março de 2015

Aniversários Esperados

Quando aquele aniversário que você conta os dias para chegar, e quando chega você realmente não sabe o que dar, pensa sempre em coisas perfeitas, mas nada realmente parece o que é, quando faz, ou quando  compra. Então você pesquisa e pesquisa e as vezes percebe que não tem dinheiro para aquilo e de repente sua ideia já não cabe mais no seu bolso.
Mas a verdade é: nunca tem presente para dizer o quanto ama a pessoa, por isso realmente nunca acha o presente. Porque o amor não se representa em apenas dinheiro gasto, mas sim quanto  realmente se esforça e pensa no que a pessoa quer, nas palavras, no texto escrito, no desenho feito. E o amor mostra isso, não o dinheiro. Porque as vezes um beijo vale mais do que mil palavras.
Parabéns para quem faz aniversário hoje, e parabéns para minha Daia, que faz 39 anos hoje.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Um estranho conhecido na família

- Como assim da família?
- Você sabe, da família.
- Achei que ele era só padrinho.
- Não, ele deve ser seu primo de... terceiro, segundo grau. Ta por ai.
- Uhm, então... Pera. Além de ele ser meu primo, essas pessoas também são?
- São, achei que soubesse.
- Achou mesmo que eu sabia?
- Achei.
- Isso é outra realidade. Então o povo todo de Lins é minha família?
- Não todo mundo, mas acho que grande parte.
- Porque se todo mundo desse churrasco ou quase todo mundo é, imagina quantas mais são!
- Quantos presentes de natal o Papai Noel dá pra nossa família...
- É, ser o papai noel deve ser cansativo, imagina dar esses presentes mesmo, se ele existisse.
Pequena pausa, viro para ver se tinha alguma criança por perto, para ver se tinha estragado algum sonho.
- É, imagina só.
- E sabia que o Papai Noel verdadeiro não é vermelho!
- Como assim? Logico que ele é! - Ela aponta para pequenos Papais Noeis que estavam ali. - Viu, roupas vermelhas, gorro vermelho, bochechas vermelhas.
- Não, isso ai é tudo a Coca-Cola, o Papai Noel era verde, só que a Coca vermelha, e ai ela usou o velho para campanhas e bum! Ele passou para o lado mal da força.
- Faz sentindo.
- Já volto, vou pegar mais Fanta. - pego o copinho vazio, e me dirijo para o banquete de natal, onde ao meio tinha uma Fanta.
- Voltei.
- Para de tomar essa coisa, já tomou uns dez copos desse negocio artificial laranja.
- Ah, ta uma delicia. Só uma pergunta. Essas pessoas são da família...?
- Vicente e Birelli, meio que eles se misturaram. Parte de vó e vô. Porque simplesmente não acredita que são.
- Sei lá, não é você que esta descobrindo que nesse churrasquinho tem um monte de gente da sua família.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Um Pedaço de Pizza

      

O parque augusta é algo lindo, cheio de verde, uma bonita mescla de cores. Precisamos mesmo de mais prédios em São Paulo? Pois bem, eu acho que não.  Para você que não esta entendendo, o parque augusta esta situado em uma área central de São Paulo com reserva de mata atlântica, cujo cidadãos estão privados de usufruírem desta reserva natural pela especulação imobiliária. E como eu e varias pessoas lutamos por algo raro de São Paulo, e não algo costumeiro, como prédios.

Tudo começou quando eu entrei no parque. Observei tudo, o verde, as barracas, as pessoas fazendo yoga e as cores. Eu, minha mãe, a Claudinha e o Pedrinho descemos a pequena ladeira para ir ao bosque. Entramos no bosque passamos por alguns caras que ouviam música, por mais barracas, uma pequena casa toda pixada, e um grupo fazendo slackline, e então saímos. Nos sentamos sobre grandes barras de metal que estavam por ali. Me sentei ao lado de um grupo com quatro meninas e um menino. A menina fazendo massagem dizia ainda precisar fazer algo pois estava "hiper ativa" no momento, e os outros apenas reclamavam de fome. Ficamos por ali e passaram minutos e mais minutos, e eu apenas observava o parque, observava a faixa dizendo "o bosque é sagrado", pequenos cartazes pintados de cores diferentes dizendo "o parque é nosso" e coisas do tipo, algumas pessoas plantando árvores e algumas praticando yoga. Quando de repente um entregador de pizza desceu o parque, e deu uma pequena volta no fim, e subiu o pequeno morro.
"Olha o entregador de pizza!" O grupo ao lado gritou, o entregador, deu a pizza, pegou e o dinheiro, e foi embora. Uma pequena garota, deveria ter 6 anos, parou por ali, seu cabelo preso em duas tranças caindo sobre os ombros, ela puxou o vestido da mãe, uma negra gorda com um pano com estampa de frutas preso na cabeça. Elas andaram até o grupo."Oi Anne!" a mulher que aparentemente minha mãe conhecia disse a Anne. A pequena sorriu, e olhou a pizza. "Posso pegar um pedaço?" Anne comia a pizza com os olhos, quase salivando."Por favor o que?" a mulher diz. "Por favor posso pegar um pedaço?" A menina diz, esperando por um sim. "Claro" e a mulher abre a caixa como se fosse algo do paraíso. A menina sorriu, e foi em frente, com o chinelo rosa fazendo barulho sobre as pequenas pedras, ela sorriu e pegou um pedaço, algo que parecia ser precioso. E deu uma mordida.
E foi vendo isso que eu entendi. Somos uma comunidade, precisamos uns dos outros, ajudamos uns aos outros e fazer algo gentil não custa caro, e por isso, pelo povo de São Paulo, por mim, por você, por nós, estamos tentando salvar o parque Augusta.



quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Desde Que Não Seja Terror

Eu não diria que sou critica com filmes, mas sim restritiva. Primeiramente nunca vi um filme de terror, ou sanguinário, só de olhar minha veias passo mal. Porém certo dia, minha brilhante professora de português resolveu passar um filme de terror, pois estávamos trabalhando medo, então optamos por "O Labirinto do Fauno". O começo já não me agradava, aquele fauno medonho com aquelas perninhas tortas já me amedrontava, mesmo assim continuei assistindo, no cantinho da sala encostada na parede, ouvindo as pessoas falando quando eu poderia ver e quando não. Depois do fauno vem o (tecnicamente o sapo, que até para mim não foi lá grandes coisas) Homem Pálido, também nada muito agradavel, mas de fato um pouco engraçado. Mas assim que veio a parte de um dos caras da floresta sendo torturados foi ai, foi ai que eu não aguentei mais. Sai da sala desesperada acho que tive um "piripaque", não conseguia parar de chorar, ouvia o coração batendo rápido, a respiração pesada e as lágrimas escorrendo pelo rosto. Nesse "bom" tempo de desespero apenas ouvia as pesssoas falando para me acalmar, elas me davam abraços e diziam que aquilo não iria acontecer comigo, mas como ter certeza? 
Depois de longos minutos me acalmando no corredor da escola, sozinha, apenas observando todo o sinal de vida que ousava passar por mim, atingi a serenidade e senti que estava melhor, foi quando ouvi gritos. Gritos e mais gritos e de repente uma explosão de gente saiu da sala, apenas ouvia " Tudo bem, tudo bem..." eu sem entender nada olhava a cena no meu pequeno canto, colada entre os armários e a mesa, via a cena de abraços e mais abraços, foi quando mais algumas saíram e disseram essas claras palavras " Enfiaram a faca na boca dele! " e tudo começou de novo, um segundo "piripaque".
No final de tudo isso minha professora me chamou para conversar, me perguntando o porque de eu ter esse ataque todo, e apenas respondi que não gostava daquilo, nem um pouco, e que era algo que eu nunca tinha visto. Então ela me contou o final, disse que tudo era um mar de rosas, o padrasto do mal morria, o irmão ficava seguro, os caras da floresta sobreviviam, e a principal virava princesa. Mas é ai que está, tem um pequeno erro em a "principal vira princesa", em partes é verdade, mas em partes mentira. A verdade é que sua alma reencarna como princesa, porém ela morre, isso mesmo morre, sem mais nem menos. E foi assim que um péssimo dia terminou.